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A conscientização não pode parar: confira o que Carol Dupré e Amanda Fontes pensam sobre o machismo no poker

A jogadora e a diretora de torneio falaram abertamente sobre o assunto ao Mundo Poker

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(Crédito: KSOP)

Já ou uma semana desde que o episódio 7 do “The Podcast”, do 4bet Poker Team, foi ar trazendo comentários machistas dos jogadores Marcos Sketch, Júlio Lins, Thiago Crema, e dos convidados Beto Burgess (do Podcast “O Dono da Verdade) e José Heraldo Vaughan.

Nesse período, as jogadoras e as mulheres que trabalham com poker ganharam voz. Porém, esse espaço deve ser alimentado constantemente para que atitudes machistas não sejam mais reproduzidas no esporte da mente. 

LEIA MAIS: Participante do episódio 7 do “The Podcast”, José Heraldo se manifesta sobre o ocorrido: “eu deveria ter me posicionado contra o que estava sendo falado”

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Por isso, o Mundo Poker conversou com duas personalidades importantes do poker nacional, donas de uma bagagem cheia de histórias vividas nos feltros: Carol Dupré – vencedora do Freezeout do KSOP Rio de Janeiro – e Amanda Fontes – diretora de torneios do KSOP.

Elas falaram abertamente sobre tudo o que pensam do comportamento machista dentro e fora do esporte. Confira a entrevista abaixo:

MP: Qual a sua visão sobre o machismo no poker? 

Carol: Na minha opinião o machismo transcende ao poker; ele é um machismo estrutural presente na nossa sociedade há muitos anos. O mundo do poker apenas reflete essa sociedade acostumada com privilégios em razão do gênero, classe social e/ou cor. E essa mentalidade já não tem mais razão de existir nos dias de hoje. Os homens têm que se conscientizar que vivemos hoje em uma sociedade de igualdade. Escutar pessoas formadoras de opinião falando os absurdos que estão no podcast é muito triste e muito bizarro. 

Amanda: O poker em si possui diversas formas de preconceito não apenas o machismo. E é importante vermos isso de uma forma geral. Você raramente acha mulheres, negros e gays nos torneios e clubes. Será que isso faz desses três grupos inferiores? Obviamente a resposta é negativa. Porém quando alguns desses ingressam no ambiente do poker, se sentem inferiorizados pelo preconceito enraizado que existe. Eu convivo com poker há dez anos e nessa época mulher no poker era quase impossível achar, apenas trabalhando. E quando aparecia alguma pra jogar.. ela se sentia como um pedaço de carne. Porque todos os olhares eram voltados pra ela. Como se fosse um absurdo uma mulher estar ali dentro sem um marido, sem estar acompanhada de outro homem. Hoje melhorou, uma parcela está mais receptiva sim, porém ainda há aquele comentário toda vez que entra uma mulher.. “Quem é? Já viu aqui? Solteira?”.

MP: Quais atitudes os homens que jogam poker podem começar a ter para evitar mais casos de machismo no meio?

Carol: O jogo de poker é um jogo de pessoas independente de gênero. Já vi muitos homens falarem que as mulheres são mais emotivas, mas eu observo justamente o contrário numa mesa de poker. Cansei de ver homens perdendo uma mão para uma mulher e então arem a ser deselegantes, a fazer comentários bem machistas em razão de ter perdido a mão justamente para uma mulher. Esse exemplo cabe tanto no trato de um jogador com uma outra jogadora, quanto no trato de um jogador com uma dealer mulher que está dando cartas. Esses homens não estão sendo homens tendo essas atitudes, estão sendo estúpidos. Eles precisam aprender a respeitar o ser humano, independente de gênero, raça ou classe social.

Amanda: Acho que entender o que é o machismo em 1º lugar é importante. Muita gente ouve a palavra mas não sabe o que ela significa. O machismo é a crença de que os homens são melhores que as mulheres, é quando o homem tenta inferiorizar a mulher, principalmente por serem mais fortes. Como se a força bruta fosse o fator decisivo para um gênero ser melhor que o outro. Tem homem que já entende que a mulher pode sim ocupar o espaço que ela quiser, mas ainda tem medo de debater sobre. Quanto mais o assunto é falado, mais fácil fica para entender e debater.

MP: De quais maneiras você acredita que ajudariam na conscientização dos jogadores?

Carol: Sempre que você se dirigir a qualquer pessoa, independente do sexo, pense como você se sentiria se fosse com você! Lembre-se que muitas pessoas estão ali apenas querendo se divertir, outras estão ali trabalhando e outras estão ando por momentos difíceis e só querem distrair a cabeça. A gente nunca sabe como uma pessoa vai receber um comentário desagradável. Para uns pode ar batido, mas para outros aquilo pode ser o gatilho de muita coisa ruim. Respeito e empatia são fundamentais. Acho também que quem presenciar uma situação de discriminação ou preconceito em uma mesa de poker deve se posicionar imediatamente, expor a situação e não se intimidar, chamar o diretor do torneio e exigir que ele tome uma atitude em relação ao jogador desrespeitoso. Também acho salutar que comecemos a discutir a criação de uma regra na qual se estabeleça uma sanção para a pessoa que, de qualquer forma, discriminar ou desrespeitar alguém numa mesa de poker. Num primeiro momento advertência, depois exclusão do torneio e, em caso de reincidência, banimento das competições oficiais daquela organização ou clube de poker.

Amanda: O poker é um esporte muito competitivo por todo torneio valer dinheiro. Essa competitividade muita vezes afasta as pessoas de uma maneira geral. Talvez os clubes gerando uma política de desconto para cada vez que trouxerem uma mulher (e ela jogar) pode ajudar a incluir a mulher no meio e isso a ser diminuído. Por quê apesar dos homens falarem muita besteira na ausência das mulheres, a grande maioria ainda sabe respeitar quando tem uma mulher na mesa. Acho que a tendência é o machismo diminuir na proporção que a quantidade de mulheres aumentar.

MP: Com o recente episódio envolvendo alguns jogadores de poker, você acha que está sendo uma oportunidade para os homens refletirem e mudarem seu comportamento com as mulheres?

Carol: Com certeza! Sei que o caminho a ser percorrido é longo. A luta contra o machismo não é apenas de nós, mulheres, é de todas as pessoas. Espero que esse infeliz e vergonhoso episódio do podcast do 4bet sirva de lição para todos refletirem. 

Amanda: Com certeza e, de verdade, nós mesmas, mulheres, acabamos sendo machistas em alguns momentos de tão enraizado que isso está. Então acho que serve para gente também. Quantas vezes já ouvi mulheres comentando da roupa de fulana porque a roupa é curta e o meio é de homem. Que ela tem que se dar ao respeito senão ninguém respeita. Isso é ser machista também! Então acho que isso estourou num momento que cada vez mais estamos buscando igualdade e inclusão. E não só o machismo deve ser pensado. O racismo, a homofobia e esse preconceito que gira em torno do poker como um todo.

MP: Na sua perspectiva, qual a importância de existir o Ladies Event nos grandes torneios de poker?

Carol: O Ladies Event é importante por vários motivos. Em primeiro lugar, é um evento no qual as mulheres se sentem mais à vontade, justamente porque já existe uma ideia que vem ao longo de muitos anos de que o ambiente de poker é um ambiente masculino, então ali a mulher pode se soltar mais por ter um clima mais descontraído. Acredito também que seja uma porta de entrada para as mulheres se aventurem em outros torneios.

Amanda: Eu sempre fui adepta ao Ladies, sempre que podia ia jogar para tentar incentivar, mas ali também percebi que, por algumas vezes, as mulheres não eram receptivas. Se você já sabia jogar e sentava alguma que não sabia, já tinha um olhar torto, um comentariozinho. Então eu confesso que não sei até que ponto o Ladies é tão mais inclusivo assim. Por quê algumas ao invés de querer ajudar, queria mostrar que era melhor, às vezes nem por dinheiro (tendo em vista que o Ladies tende a ter uma premiação baixa) e sim por ego. Acho que ele pode sim ajudar algumas mulheres a entrar por só encontrar mulheres, mas sei de algumas que preferem os torneios mistos por terem se sentido menosprezadas quando sentaram em alguns Ladies. Cabe repensar também sobre a ideia do Ladies. Se é possível torná-lo mais inclusivo de alguma forma. E a conscientização também entre as mulheres de buscarem se ajudar dentro desse meio tão masculinizado.

O Mundo Poker agradece as convidadas pela coragem e sinceridade nos relatos. Que os homens e mulheres possam refletir ainda mais sobre o machismo e diversos preconceitos nas mesas do esporte da mente.

A jogadora e a diretora de torneio falaram abertamente sobre o assunto ao Mundo Poker

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Nomes conhecidos do poker brasileiro mantém parceria com a Chip Tax e referenciam a empresa no quesito Imposto de Renda

A empresa é referência no quesito tributação e suas complexidades

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Declarar impostos sobre altos ganhos no poker é fundamental para que os jogadores estejam em conformidade com as leis brasileiras. E, para isso, nada melhor do que contar com uma empresa especializada nesse quesito, como a Chip Tax, referência no mercado quando se trata de tributação.

Com anos oferecendo a melhor assessoria para profissionais de alto calibre do cenário brasileiro, a Chip Tax está mais do que consolidada e possui referências importantes. Uma delas, por exemplo, é a do paraense Rômulo Dórea, que utiliza os serviços sempre que precisa. Parceiro e cliente da empresa, ele elogiou os serviços:

“Se você é um jogador de poker que costuma premiar alto em eventos, deveria ter uma maneira inteligente e correta de pagar seus impostos. A empresa que eu uso para isso é a Chip Tax, junto com o Matheus (Mesquita, sócio). Se tiver qualquer dúvida, fale com eles, o Matheus vai ajudar com todo o direcionamento necessário para que você faça isso da forma mais inteligente possível. É isso! Sigam a Chip Tax e saibam mais”, disse o jogador, em vídeo publicado em seu perfil.

LEIA MAIS: Imposto de Renda: especializada no tema, Chip Tax é a melhor opção para jogadores de poker; conheça

Recentemente, encerrou-se o período de declaração do Imposto de Renda, e muitos jogadores realizaram esse processo de forma correta, assim como Rômulo Dórea. Além dele, a empresa conta com outros parceiros bem conhecidos, como Thales Morelli, Elvis Renan, o “Catholão”, e Olívio Gontijo, mais conhecido como “Bigfatfat”.

Mas se você acha que cometeu algum erro na hora de declarar os impostos, ainda é possível retificar, e a Chip Tax está pronta para ajudar. A empresa pode ser contatada pelo número (31) 97104-6579 via WhatsApp ou por outros meios, que podem ser encontrados aqui.

No Instagram, a empresa também publica conteúdos adicionais sobre esse tema. O prazo para a Declaração do Imposto de Renda se encerrou no dia 30 de maio, portanto, para o ano que vem, já é legal ir se programando e ter a Chip Tax como aliada nisso.

Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:

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Rômulo Dórea bate field repleto de nomes conhecidos e leva o título do torneio especial de Fábio Murakami

Jogador comemorou bastante em uma postagem no Instagram

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Rômulo Dórea

A oferta de torneios de poker está em alta no Brasil e uma das boas opções desta semana foi um torneio especial organizado por Fábio Murakami. Tricampeão paulista, o jogador ganhou uma homenagem da Moresi Motors e muita gente conhecida marcou presença no field. Entre vários nomes, quem melhor aproveitou a festa foi Rômulo Dórea.

O profissional do Pará foi o campeão do torneio do Murakami e garantiu um bom prêmio para a conta. Rômulo ou por um field total de 104 entradas no torneio, que teve o buy-in no valor de R$ 500, e saiu do torneio festivo com a conta reforçada em R$ 27.000. Ele também ganhou um troféu personalizado pela conquista.

LEIA MAIS: Peter Patrício tem arrancada espetacular na mesa final, vence o Evento #421 da OSS e conquista o big hit da carreira no ACR Poker

No field, jogadores e influencers prestigiaram o torneio do Murakami. Nomes como Ramon Pessoa, Ytarõ Segabinazzi, Valdeci Proença, Carol Teixeira, o “Baixinho” e o próprio anfitrião foram alguns dos rivais de Rômulo. O 3-handed do torneio foi completado por Samuel, que levou R$ 26.000, e Richard Godoy, que saiu com R$ 15.000.

Com dinâmica diferente, o torneio também teve outras premiações. Chip leader na hora do encerramento do registro, o “Baixinho” garantiu R$ 1.000. Já Leonardo Freitas, que sairia de mãos abanando e uma sensação ruim por ser o bolha, pôde sair feliz. A bolha premiada rendeu R$ 2.000 para o jogador.

No Instagram, Rômulo fez uma postagem comemorando bastante a vitória. Confira abaixo:

“De coração, MUITO obrigado a todo mundo que torceu — nos stories, nas lives, nas mensagens, e as pessoas que estavam ali do meu lado no salão. Cada pessoa, cada foto, cada energia que vocês mandam… Me dá sentido. Me faz ter ainda mais convicção que eu tô no caminho certo e com mais vontade de fazer tudo isso acontecer. É difícil explicar o quanto isso me preenche. O quanto me motiva a dar o meu melhor sempre.

Deus tem sido MUITO bom comigo. E o mínimo que eu posso fazer é honrar cada bênção, cada oportunidade, cada apoio que recebo.
Seguir a palavra Dele transformou minha vida. Me mostrou que o caminho certo nem sempre é o mais fácil — mas é o mais poderoso. E quando uma vitória como essa vem… é como se tudo fizesse ainda mais sentido.

Obrigado por fazerem parte disso comigo. Que eu nunca perca essa fome de evoluir, essa vontade de evoluir e gerar valor pra vocês dentro e fora do Poker. Quero fazer por merecer o apoio de cada um de vocês. Obrigado família!”

Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:

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Ramon Kropmanns brilha mais uma vez no ACR, é campeão do Evento #04 da OSSXL e leva prêmio recheado pelo título

Também no site, o grinder “LifeOfLuck” faturou US$ 186K no Evento #02

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Ramon Kropmanns
Ramon Kropmanns

Ramon Kropmanns parece ter um gostinho especial pelo ACR. Campeão do The Venom no maior título da carreira, faturando US$ 1.113.330 após vencer o heads-up contra Yuri Martins, Kropmanns voltou a brilhar nas mesas do site americano. Nesta tarde, o profissional conquistou mais um grande título e levou um prêmio dos grandes por isso.

Pilotando a conta “PORKNOMAR” no site, Ramon Kropmanns foi o grande campeão do Evento #04 da OSSXL, torneio que teve buy-in de US$ 630 e um field total de 2.625 inscrições. O brasileiro acertou um acordo no heads-up, terminou no topo da tabela e faturou a paçoca de US$ 285.579 para a conta.

O brasileiro começou a decisão como chip leader e teve um caminho tranquilo no início. Experiente, o sócio do Midas conseguiu ar pela primeira fase da FT de forma natural e só precisou se preocupar da metade pra frente, quando algumas eliminações já haviam sido concretizadas.

LEIA MAIS: Peter Patrício tem arrancada espetacular na mesa final, vence o Evento #421 da OSS e conquista o big hit da carreira no ACR Poker

O 5-handed foi a parte mais difícil do jogo para Ramon, que perdeu alguns potes neste momento e despencou para a parte inferior da tabela. Quando as coisas pareciam ficar mais difíceis, Ramon ganhou um all in pré-flop com emoção, de AJ x T9 com sequência no river, para dobrar e equilibrar novamente o jogo.

A partir disso, os ventos foram todos favoráveis para Kropmanns. Ele quebrou um JJ com AT ainda no 4-handed, voltou para a parte de cima e não parou mais. O próprio Ramon despachou o terceiro colocado em um flip de AT x 33 e foi para o HU com uma ligeira vantagem sobre o adversário. Ali, os dois acertaram um acordo por ICM e encerraram a competição, com o título ficando para o Brasil

Confira a premiação da mesa final:

1º – Ramon Kropmanns “PORKNOMAR” (Brasil) – US$ 326.090
2º – “MartinTyler” (Irã) – US$ 234.901
3º – “troublemaker1” (Ucrânia) – US$ 169.180
4º – “shaQshuQa” (Reino Unido) – US$ 121.861
5º – “WhitePanther90” (Áustria) – US$ 87.793
6º – “RiverRiot72” (EUA) – US$ 63.264
7º – Ettore Cesco “CescoDaMassa” (Brasil) – US$ 45.603
8º – “Purgeru” (Áustria) – US$ 32.886
9º – André Marques “StiflersBro23” (Portugal) – US$ 23.730

Evento #02 US$ 1.050 Main Event OSSXL

No Evento #02, o Main Event da OSSXL, de US$ 1.050, o jogador “LifeOfLuck” também conseguiu um prêmio enorme nesta terça. O grinder sem identidade revelada chegou ao pódio da competição depois de enfrentar um field de 1.973 entradas e saiu com o baita valor de US$ 186.244 na conta.

Só que, apesar da forra, o gostinho da despedida foi amargo. O grinder que joga com a bandeira do Brasil ficou perto de dobrar e equilibrar o jogo no 3-handed, mas uma bad beat enorme contra o chip leader não só não permitiu, como também encerrou a participação do jogador no torneio. Ele teve o KK quebrado por um A7 e caiu na terceira colocação.

Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:

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