A primeira semana das séries que estão rolando no poker online foram especiais para Renan Bruschi. O “Internett93o” está dando muito trabalho para a concorrência e somou resultados extraordinários num curto espaço de tempo. Foram quatro mesas finais destacadas, sendo três delas na Spring Festival do GGPoker e uma no SCOOP do PokerStars.

Os melhores resultados vieram em torneios com buy-in na casa dos US$ 5.000. No Evento #09-H, ele foi o grande campeão e embolsou a bagatela de US$ 178.494. Três dias depois, terminou com o vice-campeonato do #Evento #18-H do SCOOP para levar mais US$ 120.000. Destaque também para a cobiçada FT de um torneio de US$ 10.300 da GGSF onde ficou em 5º para US$ 91.154.

“A gente sempre fica feliz com os resultados, não tem como negar. Só que mais feliz ainda eu fiquei com a consistência de resultados que tenho ao longo dos anos, principalmente agora que estou jogando mais caro, que resolvi mergulhar nos high stakes”, diz o craque. Extremamente técnico, Renan vem percebendo um ponto positivo em seu jogo nos torneios mais caros.

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“Notei que eu tenho edge sim nesses jogos mais caros, acho leaks dos caras melhores e consigo explorar. Tenho me adaptado bem e me sentindo muito bem jogando eles. Isso me deixa mais feliz que os próprios resultados”, lembra. A preparação para brilhar desse jeito não se restringe apenas no estudo do jogo, mas também fora dele.

“Acredito que é o momento que eu mais estou preparado físico, técnico e mentalmente e consequentemente isso tem trazido os bons resultados recentes. Claro que não dá pra negar que empilhar resultados em jogos difíceis, torneios caros, a gente precisa estar runnando bem, eu estou runnando bem ok, não tem como reclamar disso. Nada de mais, mas nos momentos chave está indo bem”.

A importância de estar bem fisicamente nesse período de séries é fundamental. Na quinta-feira da semana ada, Renan jogou a mesa final do SCOOP que começou às 14h. Depois de um longo grind com várias outra telas, ele alcançou a mesa final do US$ 10K da Spring Festival depois que ou da meia-noite. Ele falou um pouco sobre essa maratona.

“Vou te dizer que eu cansei mais na FT do 5K do que na FT do 10K. Durante o 5K eu resolvi grindar, não quis focar só nessa mesa final, então eu estava jogando a FT com mais 10 telas juntas. Acabou que o 10K foi no final do grind, minha atenção tava toda para ele. O preparo físico e mental que eu estou atualmente ajudam demais a manter o foco, inclusive no final do grind”, disse Bruschi.

Foram mesas finais bem complicadas com grandes adversários pela frente. Nomes como Bruno Volkmann, Sami Kelopuro, Patrick Leonard, Elias Gutierrez, Pavel Plesuv, Alex Foxen e Ankush Mandavia foram alguns que rivalizaram com o gaúcho nelas. O sócio do NeTTeam elegeu a FT mais complicada das três.

“Claro que todas as três tinham oponentes mega competentes, mas a que eu mais tive que me adaptar foi a FT do 5K do SCOOP. Normalmente, com aquele stack, eu imprimo uma pressão maior, mas vendo a transmissão eu vi que muitos estavam cometendo vários erros de ICM, over defesa de big blind, pagando 3-bet com combo que não deveria. A princípio, tive que me ajustar, quando ocorre isso geralmente a colisão é grande. Consequentemente, há mais chances de eliminações, assim vai capitalizando sem se expor muito”, explica.

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“Quando ficou com 4 ou 5 eu tive que me expor, eu tive dar hero call de A high em pote decisivo, jogar uma blind war grande, 3-betar cobrindo o “SinKarma”. Foi a mais a embaçada. O 10K eu não tive muito o que fazer, fiquei a mesa final inteira card dead e perdi alguns potes chave com mãos honestas, justas, infelizmente caí em 5º, um resteal de QJs do botão contra o cutoff e o oponente pagou de AT”, termina Renan.

Por fim, o gaúcho também falou sobre o sentimento com o vice no SCOOP, um título que ainda não entrou em seu vitorioso currículo.

“Fica aquele gostinho, né. A gente sempre quer, assim como eu tenho o troféu do WPT, eu queria o troféu do SCOOP, do WCOOP. Eu tenho três vices no SCOOP já e algumas boas FTs de WCOOP e ainda não tenho título. Com certeza eu quero isso para a minha carreira, mas não é algo que chega a me frustrar. Me frustraria mesmo se não tivesse a solidez e os resultados”, finaliza.

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Confira o MundoTV Cast #003 com Vini Marques:

O craque gaúcho se aprofundou nos torneios high stakes nos últimos meses