WSOP
Antes do título do Main Event da WSOP, Espen Jorstad quase faliu com perda do patrimônio em criptomoeda que ruiu; entenda
O norueguês perdeu US$ 1 milhão com a quebra da Terra LUNA

Muitos dos jogadores de poker high stakes têm investimentos paralelos ao esporte. Bastante ligados ao que acontece mundo afora nos setores de tecnologia, o investimento em criptomoedas é até comum por boa parte deles. Mas a relação não terminou da melhor forma para Espen Jorstad, campeão do Main Event da WSOP de 2022. Muito pelo contrário.
Espen Jorstad conseguiu o título histórico do maior torneio de poker do mundo e faturou US$ 10 milhões. Por si só, isso seria um feito eternamente lembrado, mas a história que acompanha a vitória do jogador no Main Event deixa a conquista ainda mais especial, sendo uma verdadeira trajetória de redenção.
Em maior, o jogador norueguês praticamente faliu. Isso porque o seu principal investimento deu completamente errado. Jorstad tinha 95% do seu patrimônio na criptomoeda LUNA, do blockchain Terra, e viu tudo ir por água abaixo quando as ações da rede foram suspensas após uma desvalorização total.
A ruína da criptomoeda fez Espen perder aproximadamente US$ 1 milhão, quase a totalidade de suas economias. Ainda antes do Main Event começar, o norueguês aproveitou a não entrada em um torneio de US$ 25K para explicar a situação que ou com o declínio do investimento que praticamente o fez falir:

Espen Jorstad
“Eu estava pensando se deveria ou não entrar no $25K da WSOP hoje ou não, mas decidi ar no final. Eu queria escrever alguns pensamentos sobre o que aconteceu em maio, então decidi usar isso como uma oportunidade para fazer exatamente isso.
Acho importante dar um o atrás por mim e perceber que não posso assumir a mesma variância de um mês atrás. Cerca de um mês atrás, pré-EPT Monte Carlo, eu estava no momento mais quente da minha vida. Tudo estava crescendo por cerca de 2-3 anos seguidos, e em uma linha bastante consistente também. O poker estava indo muito bem, a criptomoeda estava em alta e outros empreendimentos menores também estavam fornecendo algum fluxo de capital.
Essa ascensão deu uma guinada bastante brutal no início de maio. O colapso rápido e total da criptomoeda Terra (LUNA), e o ecossistema que a cerca, me pegou de surpresa, e eu fiquei sabendo… difícil. Na época do colapso, eu tinha mais de um milhão de dólares neste ecossistema, que era uma grande parte do meu patrimônio líquido total. Minha maior posição era no próprio LUNA, mas também tinha um pouco de UST, ANC, ASTRO e alguns outros tokens no ecossistema Terra. Como a maioria desses tokens tinha períodos de bloqueio que variavam de semanas a meses, não havia como sair de minhas posições quando o castelo de cartas começou a desmoronar e acabei perdendo ~ 95% dela.
Como resultado, meu patrimônio líquido agora é significativamente menor, e acho que é importante para mim não deixar meu ego me dizer que eu “pertenço” a esses torneios de limites mais altos, só porque eu os estava jogando há um mês. A realidade é que meu caminho mais sensato é simplesmente dar um o para trás e não jogar nos high stakes. Tanto para meu bankroll quanto para minha saúde mental. Por enquanto, vou apenas gostar de jogar a WSOP em um intervalo de buy-in mais baixo e vender/trocar uma quantia decente por algo mais alto. Boa sorte a todos que jogam!”

Patrick Leonard e Espen Jorstad
O texto foi escrito no dia 04 de junho. Depois disso, o caminho de redenção do norueguês parecia feito em um roteiro para filme. Primeiro, já no fim de junho, ele conseguiu seu primeiro bracelete da carreira no Tag Team, quando foi campeão ao lado do craque britânico Patrick Leonard.
Esse seria só o começo. Já em julho, Espen Jorstad construiu sua trajetória impecável que culminou com a espetacular vitória no Main Event da WSOP, que lhe rendeu o bicampeonato e o prêmio de US$ 10 milhões. Após praticamente perder tudo, a volta por cima foi muito melhor do que ele poderia imaginar. E a história por trás do título engrandece ainda mais o feito do campeão.
Confira o episódio #12 do Poker de Boteco:
O norueguês perdeu US$ 1 milhão com a quebra da Terra LUNA
WSOP
Felipe Mojave carimba a classificação para o Dia 2 do Evento #18 (US$ 10.000 Dealer’s Choice Championship)
Torneio ainda tem registro tardio até o final do primeiro nível do Dia 2

Felipe Mojave é praticamente onipresente na WSOP. Sem tempo para descanso, o embaixador da GGPoker não perdeu a oportunidade de engatar em um dos torneios mais charmosos da grade: o Evento #18 (US$ 10.000 Dealer’s Choice Championship), torneio que mistura 21 modalidades diferentes do poker.
Único brasileiro a engatar no field no Dia 1, Mojave carimbou a classificação com um ótimo stack de 140.000 fichas. Ele aparece como o 18º colocado no chip count com 62 jogadores classificados. O Dia 1 rendeu 122 inscrições no torneio e tem uma figurinha ilustre entre os líderes.
Adam Friedman, tricampeão seguido desse mesmo torneio em 2018, 2019 e 2021 (2020 não teve), avançou com o segundo maior stack para tentar o tetracampeonato. Ele tem 258.000 fichas e só ficou atrás de Ryan Hoenig com 298.500. Daniel Negreanu, que engatou logo após o vice no Evento #9, é o terceiro com 255.000 fichas.
Scott Seiver (245.000), Dzmitry Urbanovich (198.500), Phil Hui (165.000), Mike Matusow (119.500), Alex Livingston (118.000), Chad Eveslage (115.000), Nacho Barbero (110.000), Brian Rast (107.500) e Gus Hansen (105.000) são algumas das estrelas do field. O Dia 2 ainda tem registro tardio aberto até o fim do primeiro nível. O torneio recomeça às 13h de Las Vegas (17h do Brasil).
Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:
WSOP
Ryan Bambrick impede oitavo bracelete de Daniel Negreanu com vitória no Evento #9 da WSOP
O título contra a lenda canadense no heads-up valeu o segundo bracelete da carreira

Daniel Negreanu quebrou um jejum de 11 anos sem bracelete no último ano e, por muito pouco, não voltou a festejar a conquista de mais uma pulseira dourada na WSOP. Faltou apenas um peão no tabuleiro do canadense. O americano Ryan Bambrick foi quem roubou a cena no Dia Final do Evento #9 para ficar com o título.
Bambrick destronou o field de 217 entradas do US$ 10.000 Omaha Hi/Lo Championship, o primeiro torneio “Championship” desta edição da WSOP. Esse foi o segundo bracelete da carreira do jogador americano. A conquista rendeu um belíssimo prêmio de US$ 470.437.
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Além do “Kid Poker”, o 5-handed do torneio também contou com a presença do lendário Viktor Blom. “É muito gostoso vencer Daniel Negreanu e ‘Isildur1” numa mesa final. É um pouco surreal”, disse o grande campeão. Bambrick tem uma estatística curiosa no currículo nos torneios da WSOP.
Essa foi a segunda mesa final dele e o segundo bracelete, um raro aproveitamento de 100%. Ele contou que o segredo é “não ligar para o ICM, apenas jogar para ganhar”. O primeiro bracelete da carreira havia sido em 2018 em um torneio de Pot-Limit Omaha com buy-in de US$ 1.500.
Confira a premiação dos finalistas:
1º – Ryan Bambrick (EUA) – US$ 470.437
2º – Daniel Negreanu (Canadá) – US$ 313.615
3º – Ofir Mor (EUA) – US$ 216.223
4º – Viktor Blom (Suécia) – US$ 152.315
5º – Hunter McClelland (EUA) – US$ 109.679
6º – Maxx Coleman (EUA) – US$ 80.772
7º – Micah Brooks (EUA) – US$ 60.866
8º – Daniel Spear (EUA) – US$ 46.957
9º – Ben Lamb (EUA) – US$ 37.110
Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:
WSOP
João Simão e Yuri Martins são eliminados em sequência no US$ 25.000 PLO/NLH logo após estouro da bolha
Brasileiros aguentaram o longo hand for hand com stacks curtos

A dupla de craques João Simão e Yuri Martins representou muito bem o Brasil no Dia 2 do badalado Evento #14 (US$ 25.000 Mixed PLO/NLH). Os dois conseguiram alcançaram a faixa de premiação, mas depois de um hand for hand de mais de duas horas foram eliminados minutos depois em um intervalo de um minuto.
O Evento #14 tinha inscrição aberta ainda durante o Dia 2 e finalizou os números com 245 entradas. A faixa de premiação contemplava 37 jogadores e o hand for hand começou com 39. Em menos de 10 minutos do estouro da bolha, muitas eliminações aconteceram. Yuri caiu em 29º e Simão se despediu em 28º.
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Os dois ganharam o ITM mínimo de US$ 50.829. Yuri aguentou a bolha sempre por volta da faixa dos 10 big blinds. O jogo era o Texas Hold’em quando a mesa rodou em fold até o criador da Reg Life no botão. Ele não titubeou em anunciar all in com A5s. O big blind Ap Garza pensou por alguns segundos e pagou de forma relutante com QJs.
O flop veio quente com o paranaense acertando o top pair e o americano ficando flush draw. O flush veio logo no turn e decretou a queda de Yuri no torneio. Simão caiu quase no mesmo minuto levando uma bad beat. Ele tinha top pair e flush draw com JT no board J836. O all in e call veio no flop e o rival tinha K6. O river veio um K cruel para tirar Simão.

Yuri Martins
Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:
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