A presença de estrelas do poker nacional seguem dando a toada de um evento de sucesso do Live Poker em Curitiba. A inauguração do novo clube da capital paranaense fez com que jogadores de vários lugares do Brasil viessem até aqui para prestigiar e uma das pessoas presentes é Saulo Costa.

Grande nome quando falamos de cash game no Brasil, Saulo ganhou ainda mais evidência recentemente por conta de um feito importante. Ele foi o campeão da primeira temporada do High Limit Poker Brasil, o primeiro programa de cash game televisionado do poker brasileiro, que foi um marco no seguimento.

Sócio da MetaGame, o jogador e também criador de conteúdo sobre cash game se encantou com o que viu aqui até agora. Podendo jogar em mesas de cash game com limites altos, Saulo encontrou um novo lugar onde pode se sentir a vontade. Por isso, o profissional deixou palavras carinhosas para o clube:

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“O Live Poker é maravilhoso. A experiência aqui até agora tem sido muito legal. Estar aqui na inauguração de um clube é algo que eu não tinha participado antes. É bacana ver todo o esforço que é colocado para fazer com que os jogadores tenham uma experiência de jogo diferenciada. Então eu estou muito feliz”, abriu o jogador de São Paulo.

“Estou aqui prestigiando uma iniciativa que o Zinhão teve em parceria com o Live Poker Clube. Tem sido muito legal e eu acho que o poker precisa disso. Precisa de empreendedores querendo cada vez mais fomentar o jogo. Porque é um jogo maravilhoso. Eu trabalho com o poker já há quase 10 anos e eu quero ver o poker crescer cada vez mais”, seguiu, concluindo.

Além dos elogios ao Live Poker, Saulo também concedeu uma excelente entrevista ao Mundo Poker. Com propriedade total para falar sobre o cash game, o High Limit e outros pontos, Saulo Costa abordou temas interessantes sobre sua própria carreira, as diferenças de visibilidade entre cash game e torneio, o High Limit e muito mais.

Confira a entrevista abaixo:

Mundo Poker: Qual foi a maior recompensa que você conseguiu através da vitória no High Limit Poker Brasil?

Saulo: Foi uma vitória muito grande para o cash game, uma vitória muito grande para aquilo que a gente está construindo na MetaGame. O High Limit é uma idealização da MetaGame, uma empresa que eu constituí com o Zinhão e o Zinhão foi o cara que liderou esse projeto. Então, a maior vitória para a gente é isso: ver o cash game sendo um pouco mais reconhecido colocando um projeto como esse no ar. Foi um projeto pioneiro aqui no Brasil e a gente se orgulha muito. Acho que esse é o maior ganho.

Mundo Poker: Pessoalmente, sua visibilidade aumentou com a participação no High Limit?

Saulo: Eu não penso tanto em mim, nessa parte da minha imagem pessoal, porque eu não faço um esforço muito grande para estar aparecendo, principalmente aqui no mercado brasileiro. Eu tenho um canal no YouTube, tenho uma audiência, eu sou criador de conteúdo, mas em inglês. Por fazer conteúdo em outro idioma, eu acabo não aparecendo muito para o Brasil, mas no exterior eu já tenho um pouco mais de visibilidade.

Mundo Poker: Os jogadores de cash game no geral tem menos presença na mídia porque são estilos diferentes de carreira. Isso é uma vantagem ou uma desvantagem?

Saulo: Os dois. Para o jogador de cash game, existe um risco muito grande em você se expor. Porque você está dando informação do seu jogo, daquilo que você faz, daquilo que você estuda, para os seus adversários. E o cash game tem uma comunidade um pouco mais fechada, todo mundo se conhece. Então quanto mais você dá informação, mais isso pode, talvez, te afetar negativamente nas mesas, né?

Ao mesmo tempo, estar mais na mídia cria outras oportunidades de negócios para a carreira, que o jogador de cash game, historicamente, tende a não aproveitar muito. Que é, por exemplo, ter patrocínios. Se você está em evidência, você consegue gerar outras fontes de receita. Então isso é algo que eu acho que está mudando hoje. Eu acho que o jogador de cash game vem entendendo isso e está olhando mais para essas oportunidades agora.

Mundo Poker: Você considera o cash game melhor que torneio?

Saulo: Eu não sei se é melhor ou se é pior. Eu sei que tem as suas características e uma coisa que a gente valoriza muito é ser um jogo que te força a pensar muitas streets à frente. Enquanto nos torneios você está jogando com o stack mais curto e às vezes você tem só uma ou duas decisões para tomar, no cash game às vezes você tem cinco, sete, dez decisões para tomar. Acho que isso é uma beleza que o cash game tem. Mas não faz o cash game melhor nem pior do que os torneios, são estilos diferentes.

Mundo Poker: Voltando ao High Limit, a primeira temporada foi um projeto inovador. Vem mais por aí?

Saulo: Está sendo um desafio pensar em qual o melhor formato para a próxima. A gente conseguiu tirar o projeto do chão, fazer a primeira temporada. Agora a ideia é tentar inovar, tentar fazer algo ainda melhor. A gente fez um formato que já existia lá fora e trouxemos para cá. Acredito que fizemos um bom trabalho. Agora o desafio é tentar deixar isso cada vez melhor. Estamos trabalhando nisso.

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O dia de hoje pode ser dos namorados, mas isso não impediu o Live Poker de planejar um torneio durante esta data no evento em Curitiba. O R$ 50K dos Solteiros é a atração do dia na série e bastante gente veio para o clube brigar por um troféu de campeão. Prestigiando desde o primeiro dia, Thales Morelli é um deles e ele está forte na disputa.

O embaixador do WPT Brasil foi convidado a conhecer o Live Poker e, além de aprovar a experiência, ele está sabendo muito bem aproveitar as ofertas de torneios. No de hoje, ele também mostrou que está afiado no jogo explorativo, adotando linhas fora do padrão para conseguir extrair o máximo de fichas.

Em uma das jogadas no 50K dos Solteiros, Morelli conseguiu transformar uma quadra num board seco em um potaço que o deixou gigante na competição. Com uma estratégia bem aplicada, Thales conseguiu esconder sua quadra até o final e garantiu um pote de mais de 90 blinds com a escolha.

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A jogada começou com um jogador estrangeiro subindo para 3.000 do UTG nos blinds 1.000 / 1.500. Do botão com , Thales 3-betou para 9.000 e o UTG foi o único a pagar. O flop mostrou e deu a Thales a top trinca. Ele fez uma c-bet bem baixinha, de 3.000, e foi pago mais uma vez.

No turn, um deu uma quadra para o jogador paulista. Após novo check do rival, ele preferiu jogar de check behind. Isso fez o river vir e trazer um . Desta vez, o estrangeiro optou por liderar uma aposta de 25.500, uma overbet em relação ao pote. Com o nuts, Thales respondeu com o all in, tendo mais fichas que o adversário.

Desconfiado, o oponente pensou e decidiu pagar com suas últimas 30.000 fichas. E prontamente ele teve o choque. Thales apresentou a quadra, enquanto o rival mostrou seu , numa tentativa fracassada de hero call que custou a eliminação no torneio. Melhor para Morelli, que levou o pote de 139.500 fichas, 93 blinds, e ficou gigante.

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Se ontem foi um profissional que conquistou o título do torneio do dia no Live Poker Curitiba, hoje foi a vez de um recreativo brilhar. No Start Up, torneio que tinha R$ 100K garantidos mas que mais do que dobrou a premiação, foi o paranaense Rafael Lima quem se sagrou campeão.

Morador de Curitiba, Rafael veio ao clube para prestigiar o primeiro evento e fez bonito. Acertando um acordo com o profissional Ricardo Sehnem no heads-up, Rafael faturou a maior parte da premiação, ficando com R$ 44.000 e o troféu de primeiro lugar para a conta. O Start Up teve o buy-in de R$ 850 e um field de 408 entradas.

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Mesmo já cansado por 13 horas de jogo, Rafael saiu satisfeito do salão: “é uma alegria, né? É meu primeiro troféu, minha primeira cravada de torneio. Ficamos até as oito da manhã, mas fomos premiados com essa vitória. Valeu a pena”, disse o mais novo campeão da série.

Começando já após as 06h da manhã de quinta, os jogadores da mesa final do Start Up precisaram lutar também contra o cansaço, mas nem mesmo isso tornou o jogo acelerado. Com vários profissionais experientes na luta pelo título, ninguém queria cair. Essa foi a toada da primeira parte da FT, mas nomes como Fábio Murakami e Felipe Monteiro ficaram pelo caminho aí.

Depois, o 5-handed deu uma leve travada no jogo, mas quando parecia que o jogo poderia se arrastas, Rafael começou sua avalanche. Depois de se salvar com aquele empurrãozinho do baralho, num Q9 x AQ onde acertou o 9 no river, o paranaense disparou e não parou mais.

“Dali em diante eu fui pra cima. Senti que era meu momento e vi que ia chegar. Agora tô aqui”, falou o campeão. Na reta final, ele deixou o regular argentino Patrício Robuschi pelo caminho, viu Ricardo Sehnem tirar Thiago Freire e Maurício Matsueda e os dois chegaram ao heads-up para disputar o título.

Com vantagem sobre o rival catarinense, Rafael propôs um acordo para Ricardo Sehnem, que decidiu aceitar. Depois, os dois terminaram o torneio sem pressão e a vitória ficou na conta de Rafael.

Confira a premiação:

1º – Rafael Lima – 44.000*
2º – Ricardo Sehnem – R$ 40.000*
3º – Maurício Matsueda – R$ 23.000
4º – Thiago Freire – R$ 15.500
5º – Patrício Robuschi – R$ 11.700
6º – Felipe Monteiro – R$ 9.700
7º – Luis Machado – R$ 7.800
8º – Douglas Garcia – R$ 6.200
9º – Fábio Murakami – R$ 5.100

*deal

Confira o MundoTV Cast #72 com Breno Campelo: