KSOP
Alex Lima, jogador com autismo, realiza o sonho de jogar o KSOP GGPoker e fala como o poker pode ajudar pessoas
O jogador fez mesa final no primeiro dia e deu um exemplo muito legal

O quarto dia do KSOP GGPoker em São Paulo reservou uma história bastante legal. Alex Lima veio para o Grand Hyatt para realizar um sonho: jogar um evento grande pela primeira vez. Alex é autista e tem uma forte relação com o poker, esporte que o ajuda de várias formas e em diferentes esferas.
Engenheiro mecânico, morador da cidade de Itatiba, Alex Lima veio para ser um exemplo. Além de poder realizar seu sonho pessoal e viver a experiência de um evento ao vivo do tamanho do KSOP GGPoker, ele queria provar que todos – todos – têm a chance de brilhar no mundo do poker.
Diagnosticado com autismo há pouco mais de três anos, durante o período de pandemia, Alex encontrou no poker uma forma de socializar. Sua condição faz com que momentos como esse sejam um pouco mais difíceis. No poker, porém, o jogador contou que se sente parte da comunidade, mais um, sendo respeitado como um igual.
Por isso, Alex Lima quer fazer questão de que mais pessoas com algum tipo de deficiência conheçam o poker. Para ele, estar inserido nesse meio pode trazer benefícios para diversas áreas da própria vida, além daquele gostinho de competição que todo mundo gosta. Ontem, por exemplo, na sua estreia na série, Alex já conseguiu fazer uma FT e garantir um ITM no circuito.
Mas, muito além do dinheiro, é a parte social o lado mais comemorado pelo jogador. E é também por isso que Alex contou sobre o projeto que influenciou e ajudou muito sua vida: o Aces Inclusivos. Voltado para trazer PCDs para o mundo do poker, o Aces Inclusivos é um caminho de auxílio para pessoas de diferentes níveis de necessidade.
A proposta é, como diz o nome, incluir essas pessoas num ambiente onde todos são iguais. Ele é gerido pelo narrador Zig Pepice e Alex Limas fez questão de exaltar esse projeto, já que ele pode transformar a vida de pessoas.
Abaixo, você pode conferir o bate-papo completo com Alex Lima. Vale ler cada palavra:
MP: Você comentou que era um sonho jogar o KSOP GGPoker. Como o poker entrou na sua vida e por que você tinha esse sonho?
Alex: Bom, o poker é um esporte que eu conheci, aprendi a gostar um ano atrás e estar no KSOP pra mim realmente é um sonho. Eu quero estar no meio dos grandes, quero jogar com eles na mesma mesa, de igual pra igual e é por isso que um evento desse tamanho é realmente importante pra mim e pras pessoas na minha condição, onde a gente mostra que é possível. É possível a gente estar em qualquer lugar que a gente quiser, brigando de igual pra igual.
MP: Como foi a sua recepção nas mesas? Você aprovou a experiência vivida em seu primeiro dia?
Alex: O clima é ótimo, a estrutura espetacular, as pessoas muito respeitosas, os dealers que conduzem muito bem, até nos momentos de diferença que tem na mesa, sempre com bastante respeito. Era o que eu esperava realmente de um torneio que a gente conhece pela TV. Desde que eu comecei a jogar eu venho acompanhando as transmissões pela TV. É uma fonte bastante boa de aprendizado, mas nada se compara com estar aqui nesse salão, nesse hotel, num evento espetacular. Está mais do que aprovado.
MP: Quando você foi diagnosticado com autismo e como o poker ajudou depois do conhecimento sobre isso?
Alex: O autismo eu descobri durante a pandemia. Autismo, a gente nasce com ele, só que em alguns momentos a gente não tem médico, não tem estrutura para conseguir o diagnóstico. Meu diagnóstico veio há três anos. Foi na mesma época que eu conheci o poker, no meio da pandemia, assistindo bastante live, bastante transmissão. Foi por causa do poker que eu conheci o projeto Aces Inclusivos, no qual eu consigo conversar com outras pessoas também com deficiência.
MP: E como o poker ao vivo entra nessa história?
Alex: Falando do live, é onde eu consigo ter um hobby que pode ser lucrativo. Além disso, precisa estudar bastante, então eu também consigo manter um foco no meu dia a dia. E uma das grandes dificuldades do autismo, falando no meu caso, mas também na maioria de nós: nós temos dificuldade de comunicação. Então, estar em um ambiente que eu gosto, que eu conheço as regras, que eu tire um pouco desse peso, eu também consigo melhorar a minha comunicação. Isso me ajuda no meu trabalho, me ajuda na minha vida pessoal. É uma baita experiência estar aqui, um baita esporte pra gente. E muitas vezes eu não preciso me esconder, né? Eu tenho sensibilidade tanto auditiva quanto visual, mas eu também não preciso me esconder. É como um jogador normal, fico completamente no ambiente.
MP: E o que você pode falar sobre a importância do projeto Aces Inclusivos?
Alex: O Aces surgiu como um meio de incluir PCDs dentro do poker e através do poker. A gente tem um objetivo no futuro de conseguir trazer pra essas pessoas uma qualidade melhor de vida, fazer com que elas consigam ser lucrativas dentro das suas casas, algo que pode ajudar demais. A gente quer ajudar pessoas com qualquer tipo de deficiência, principalmente de mobilidade, muitas outras dificuldades. O Aces surgiu com essa grande iniciativa, esse grande propósito de incluir os PCDs dentro do universo do poker. O projeto é liderado pelo Zig Pepice, que a maioria conhece ele dessas transmissões. Tem um apoio muito grande da CardRoom, que nos fornece também, além de um apoio, o instrutor, que é o Raul Isiara, um jogador profissional, que nos apoia, nos instrui, dá coaches para a gente.
MP: O que você espera do futuro do Aces Inclusivos?
Alex: Hoje, nós temos uma quantidade pequena de pessoas e eu queria aproveitar a oportunidade aqui de chamar os PCDs. Pessoal, vem fazer parte do nosso grupo, pode procurar o Instagram do Aces Inclusivos, o site, meus contatos no Instagram também estão aqui (você pode encontrá-los clicando aqui ou aqui), pode me chamar, eu tenho o maior prazer em atender. E nós, além do poker, queremos trazer um local seguro para os PCDs. Nas nossas discussões, nossos Freerolls, nossos home games, a gente tem um momento de resenha, a gente troca as nossas conversas sobre as nossas dificuldades, sobre o nosso dia a dia, sobre as experiências. Isso tanto no poker quanto fora. Então, para quem está aí, não se preocupe com dinheiro, PCD, vem jogar com a gente, vem aprender, a gente tem para todos os gostos. O Fernandinho Inclusão faz parte do projeto e também estava aqui na mesa, estava no mesmo torneio que ele. Então, isso mostra que é possível. O que a gente precisa nesse momento, para o projeto crescer, é ter mais gente. Ter mais gente conosco. E hoje, só queria mostrar para todos que é possível.
E, sim, Alex, você mostrou que é possível.
Confira o MundoTV Cast #72 com Breno Campelo:
O jogador fez mesa final no primeiro dia e deu um exemplo muito legal
KSOP
4ª etapa do KSOP GGPoker acontece em agosto no Rio de Janeiro com 11 dias de evento e R$ 2 milhões garantidos no Main Event
O evento ocorre entre os dias 6 a 16

O KSOP GGPoker São Paulo chegou ao fim nesta semana, e os preparativos para a próxima etapa já estão a todo vapor. O evento mais querido da América Latina voltará ao Rio de Janeiro no mês de agosto, entre os dias 6 e 16, no tradicional Sheraton Grand Rio Hotel & Resort.
Unindo praia, sol e muito poker, o KSOP GGPoker Rio de Janeiro trará aos competidores uma grade extensa, com 56 torneios anunciados pela organização. E o melhor de tudo: o Main Event terá um garantido de R$ 2 milhões, ou seja, uma bela forra para o campeão.
Assim como em outras edições, os satélites online com pacotes garantidos estarão disponíveis em breve na GGPoker. Os pacotes incluem o buy-in de R$ 4.000 do Main Event, além das diárias no belíssimo hotel do evento, com direito a um café da manhã espetacular.
A grade completa de torneios do KSOP GGPoker Rio de Janeiro já foi divulgada e você pode á-la através deste link. Não percam a chance de disputar a etapa carioca do circuito mais querido da América Latina!
Confira o MundoTV Cast #72 com Breno Campelo:
KSOP
KSOP GGPoker São Paulo teve cravadas de diversos países; confira todos os campeões do evento
A etapa reforçou o KSOP como palco do poker latino-americano

O KSOP GGPoker São Paulo chegou ao fim na última terça-feira coroando campeões de diferentes países. Não faltou diversidade: entre jogadores brasileiros, latino americanos e até europeus, os troféus foram distribuídos a rodo ao longo de sete dias de disputas emocionantes no Grand Hyatt.
Enquanto começamos a aquecer os motores para a etapa do Rio de Janeiro, confira a lista completa de campeões do KSOP GGPoker São Paulo:
Evento #01 Warm-Up
Campeão: Victor Disesssa
Prêmio: R$ 82.500
Evento #02 High Roller Prog KO One Day
Campeão: Felipe Costa
Prêmio: R$ 186.250
Campeão: Moisés Sales
Prêmio: R$ 6.150
Campeão: Daniel Noronha
Prêmio: R$ 16.000
Campeão: Eduardo Acosta
Prêmio: R$ 121.350
Evento #06 High Roller One Day
Campeão: Paulo Pinto
Prêmio: R$ 150.000
Campeão: Felipe Bassan
Prêmio: R$ 8.200
Campeão: Ramon Pessoa
Prêmio: R$ 16.000
Campeão: Roger Ruivo
Prêmio: R$ 400.000
Evento #12 Super High Roller PKO
Campeão: Murilo Fidelis
Prêmio: R$ 306.550
Campeão: Daniel Noronha
Prêmio: R$ 8.300
Campeão: Ademilson Costa
Prêmio: R$ 24.000
Campeão: Danilo Serra
Prêmio: R$ 21.500
Campeão: Daniel Webb
Prêmio: R$ 10.000
Campeão: Ivan Ribeiro
Prêmio: R$ 12.000
Campeão: Daniel Webb
Prêmio: R$ 35.000
Evento #20 Mini High Roller One Day
Campeão: Edgard Moreau
Prêmio: R$ 125.000
Campeão: Cleide Sobrinho
Prêmio: R$ 9.000
Campeão: Wallace Dias
Prêmio: R$ 24.200
Campeão: Thiago Torati
Prêmio: R$ 9.000
Campeão: Lucas Brusamarello
Prêmio: R$ 15.000
Campeão: Leandro Gorzoni
Prêmio: R$ 28.350
Campeão: Rafael D’Auria
Prêmio: R$ 398.000
Campeão: Evandro Dal Pra
Prêmio: R$ 7.500
Campeão: Diego Betancourt
Prêmio: R$ 22.000
Campeão: Bruno de Oliveira
Prêmio: R$ 37.000
Campeão: Walter Junio
Prêmio: R$ 5.400
Evento #33 Monster Mystery KO 6-Max
Campeão: Paulo Sérgio Castro
Prêmio: R$ 81.500
Campeão: Merardo Cano
Prêmio: R$ 10.500
Campeão: Christian Paze
Prêmio: R$ 9.000
Campeão: Alexandre Crespi
Prêmio: R$ 12.300
Campeão: Leandro Gorzoni
Prêmio: R$ 27.000
Campeão: Martin Romero
Prêmio: R$ 110.000
Campeão: Danil Voronin
Prêmio: R$ 14.025
Confira o MundoTV Cast #72 com Breno Campelo:
KSOP
Blefe e pressão de ICM: Roger Ruivo analisa jogada crucial contra Nicolas Velarde no Main Event do KSOP GGPoker SP
O campeão do Main Event detalhou o que pensou na hora da jogada no 4-handed

Roger Freitas, o “Ruivo”, foi o grande campeão do Main Event do KSOP GGPoker São Paulo com uma atuação de gala na mesa final. Maratonista e professor de corrida, ele mostrou um poker de altíssimo nível, colocando pressão em todos os momentos nos adversários. E uma das principais mãos jogadas por ele envolveu o craque Nicolas Velarde, um dos regulares argentinos mais respeitados.
A jogada em questão foi em uma blind war entre os dois e terminou com Roger Ruivo blefando o oponente após pressionar muito com uma mão bastante marginal, fazendo Velarde largar top pair com Ás. O campeão fez questão de comentar a jogada que ocorreu no 4-handed do torneio.
Nos blinds 50.000 / 100.000, Ruivo fez raise para 300.000 fichas no small blind com , com mais de 100 big blinds no stack. Velarde, segundo em fichas no momento, defendeu com . Eles viram o flop , e Ruivo apostou novamente 300.000 fichas, sem nada.
LEIA MAIS: Brunno Botteon soma boas premiações em quatro torneios da terça na GGPoker
Com apenas A high, Nicolas deu call. O turn foi um , dando top pair ao jogador argentino. Roger então apostou 1.200.000 fichas e recebeu call de Velarde. O river trouxe um e não mudou em nada. Foi então que Ruivo colocou o argentino na porta, anunciando all in.
Por ter o segundo maior stack no momento, Velarde usou time banks, se contorceu todo e resolveu foldar. Naquela altura, um grande ICM estava envolvido. Por exemplo, o segundo colocado embolsou R$ 250.000, enquanto o terceiro ficou com R$ 135.000 e o quarto colocado levou R$ 82.000.
Confira a explicação de Roger Ruivo sobre a jogada:
“A estratégia naquele momento era pressionar o Velarde por ICM mesmo, não deixar ele respirar. Adotei a estratégia de jogar de raise tanto com os lixos quanto com os valores. No T3, eu já saio com size alto, meio pote, com a ideia de fazê-lo foldar qualquer coisa que não tenha acertado, como high cards…
Quando bate o flush draw completo e o Ás no bordo, eu decido polarizar potando, porque consigo encaixar o SPR para o river. Também penso em desistir após dois barris, mas quando vejo que ele fica extremamente desconfortável para pagar e usa um timebank, coloco ele justamente num combo com ás fraco.
Aí já decido que vou para o triple barrel. O Risk (RP) para ele é altíssimo, com dois shorts na mesa e o ICM pressionando, ele tem que foldar um top pair fraco. E um jogador como ele respeita isso. Jogando contra ele, eu já sabia que, se precisasse sair da teoria, encontraria fold equity.
Eu já tinha jogado uma mão com o Noronha que todo mundo viu que eu estava nuts e shovei no river. Então, pensando no turn, falei: ‘Vou fazer igual, usar um timebank e, depois de uns 15 segundos, anunciar o all in. Tudo isso colaborou para que eu encontrasse a fold equity. Eu, no lugar dele, teria foldado antes, pela pressão de ICM. Tanto que ele continuou com um stack saudável.”
Confira abaixo:
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