A temporada de 2023 do KSOP GGPoker trouxe um ranking bastante chamativo e com duas etapas ao vivo e uma online já finalizadas, alguns postulantes ao título de jogador do ano já estão definidos. Diferente do ano ado, novos nomes surgiram como destaque no circuito, através de resultados bem convincentes.

Entre os brasileiros, o rondoniense Henrique da Cruz, jogador da Standard Backing, é um dos principais, com mesas finais em torneios bem importantes. O “magrinho”, como é conhecido entre os amigos, vem beliscando cada vez mais resultados no circuito e figurando entre os primeiros colocados na tabela.

Ele alcançou a mesa final do Main Event do RJ, Warm-Up do KSOP Iguazú e o vice-campeonato do Mystery Bounty, em Balneário Camboriú. Como muitas pessoas que almejam chegar ao sucesso, Henrique precisou abrir mão de muitas coisas e, para chegar até esse momento, o regular ou por uma longa caminhada na carreira de nove anos.

“Eu já venho há nove anos jogando. Comecei lá em Rondônia, sempre jogando pra time desde o início. Há cinco anos, decidi morar em São Paulo por conta da logística e estou tentando rodar o circuito. Depois, entrei pro Standard Backing, após um projeto de Santos em que participei não dar certo. Joguei no time da forra, um projeto do Caio Hey lá em Rondônia. Sei que correr o circuito é uma variância, tento não me frustrar muito, mas esse ano está sendo especial com as mesas finais no Rio e Balneário, que me trouxeram esse destaque no KSOP GGPoker”, contou.

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Quem vê o rondoniense nas mesas já reparou no boné e broche na roupa escritos “Standard Backing”. Como é tradição no Brasil, a grande maioria dos jogadores procuram times brasileiros para tentar a carreira no poker. Henrique é um caso a parte, que preferiu seguir um caminho diferente e entrou para uma equipe internacional.

“Estou jogando no Standard há quatro anos e meio. Eles dão oportunidade para participar de torneios ao vivo também. Devo muito a eles esse momento em que estou vivendo. Tudo lá é muito bom, temos bônus se bater a meta de jogos, o que é a obrigação do jogador. Além disso, rola muitos benefícios, aulas com um professor, galeria de vídeos em diversos idiomas, é muito bom”, explicou a escolha.

Juntando a experiência com os estudos, Henrique vem evoluindo cada vez mais como jogador e mostra isso em suas disputas no KSOP GGPoker. Especialista em fields grandes, seus resultados mostram por si só o quão focado o jogador é.

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Após um acidente, Henrique acabou perdendo totalmente o movimento de um dos braços. O que para muitos seria um desespero, pra ele trouxe mais força de vontade. O poker foi algo bastante importante para superar a dificuldade e, agora, o hobby competitivo acabou virando uma profissão, mesmo sendo cansativo ar horas jogando.

“Cansa né? Movimentos repetitivos e com um braço só. Eu gosto muito do jogo, volumo muito no online, aqui já é diferente, não tem como fazer isso. Mas, não sinto que tem nenhum impedimento sobre isso, pois consigo enfrentar bem muitas horas de jogo”.

A busca pela etapa perfeita começou com o pé-direito em Iguazú. Focado em ficar no topo da tabela, ele aproveitou o ritmo da etapa online, onde alcançou prêmios e resultados importantes, para continuar pontuando e teve seu plano inicial de chegar “chegando” com sucesso.

“Cravei um HR e garanti um pódio e um terceiro. É legal né? Pra mim que jogo diariamente em casa, ter o KSOP GGPoker Online é bom.  É bem viável, pra mim que sou regular e até para os recreativos que aparecem nas etapas. Reservei sempre um cantinho para os torneios da etapa virtual. Vai dar para aproveitar a próxima etapa para pontuar”.

Brigando ponto a ponto com Peterson Machado, Sebastian Fonseca, Jorge Osuna e outros craques do circuito, o grinder da Standard Backing mostrou muita empolgação para continuar focado:

“Sei nem o que falar disso. Sensacional. Disputar com essas feras e se destacar, é especial demais. Vou deixar acontecer, pois mesmo com todos eles disparando na pontuação, tenho chances e com certeza vou dar o meu melhor até o fim”, comentou a disputa.

Esse ritmo insano lhe trouxe até a sua primeira parada em Iguazú. Henrique finalizou a entrevista deixando suas primeiras impressões sobre o país vizinho: “minha primeira vez, é maravilhoso. Apesar que já cheguei jogando e não conheci quase nada. Espero conhecer, tem outra cultura, outro idioma, é bem legal poder participar do jogo aqui na Argentina. É buscar ir bem e deixar acontecer, tem muito jogo até o fim da temporada em Fortaleza”.

Confira o MundoTV Cast #38 com Ricardo Sehnem:

O jogador de Rondônia é um dos principais nomes do KSOP GGPoker 2023