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Campeão do ME Medium do SCOOP, João Hayashi conta jornada no poker e avisa: “o trabalho ainda não acabou”
O paranaense cravou o nome na história do poker mundial

O dia 20 de maio de 2020 foi um divisor de águas na vida do jovem jogador João Hayashi, um paranaense de 25 anos. Ele tatuou o próprio nome na história do poker ao ser o grande campeão da versão Medium do Main Event do SCOOP, uma das séries mais importantes do poker online anualmente.
Além da glória, o feito rendeu um belíssimo prêmio para o jogador que joga com a conta “HayashiJoão” no PokerStars. Mas, afinal, quem é João Hayashi? Com pouca participação em torneios ao vivo, o jovem era um mero desconhecido. Era, pois não é mais. E o Mundo Poker foi atrás para saber mais detalhes da carreira do jogador.
“Já me senti muitas vezes subestimado por várias pessoas no poker e fora dele, mas sempre tive muita confiança no trabalho que venho fazendo no dia a dia”, foi uma das frases de João.
Com um trabalho árduo e silencioso, João foi subindo degrau por degrau até alcançar o topo de sua carreira nesta semana. Ele descobriu a parte estratégica do poker apenas em 2016, mas, desde então, dedica seu tempo para esmiuçar os complexos detalhes do jogo.
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“Comecei a consumir todo material possível na internet, dormia assistindo mesas finais de todos os tipos, assistindo às aulas gratuitas e buscando sempre aprender mais. “Joguei torneios de 0,25 cents e sit and go single table por meses depois do trabalho e da faculdade, buscando sempre melhorar como jogador”, contou.
A consistência e a vontade de melhorar rendeu um lugar em dois times bem famosos de poker. Primeiro, foi o Cardroom, e depois o Polarize Poker, time tocado pela nata dos jogadores de Portugal. “Lá aprendi o que é ser profissional de poker de verdade e melhorei meu jogo em 500%”, falou Hayashi.
O Mundo Poker bateu um grande papo com o dono desta façanha incrível. Confira:
MP: Primeiro, como que foi essa sensação de vencer um dos torneios mais importantes do poker online?
JH: Esse resultado significa reconhecimento por um trabalho diário e ter meio que aquela sensação de “eu consegui”, vocês não acreditavam, mas “eu consegui”. Já me senti muitas vezes subestimado por várias pessoas no poker e fora dele, mas sempre tive muita confiança no trabalho que venho fazendo no dia a dia. Uma coisa que é meio “clichê”, mas é verdade, é que não sou melhor jogador hoje porque ganhei o Main Event do que era ontem, não é um resultado que faz um jogador ser bom ou não, mas sim as decisões que toma no dia a dia, a consistência e a ética de trabalho.
MP: Conta um pouquinho sobre sua a carreira, há quanto tempo joga, se joga para time, por conta, em que pé está?
Conheci o poker ainda criança através do meu pai, e também minha família costumava jogar em reuniões de família por diversão, cashzinho barato de 0,25 cents no botão entre familiares e amigos próximos. Por isso aprendi muito novo as regras do jogo. Mas até então, nem imaginava que o poker era um jogo de estratégia, por volta de 2016 não me lembro exatamente nem como , nem o porquê, procurei no Google sobre estratégia de poker. Depois disso redescobri o jogo, e fiquei fascinado, pela mistura de lógica, estratégia e a questão psicológica que envolve o poker.
Também vi lá, que alguns jogadores conseguiam ser profissionais, e analisando gráficos cheguei à conclusão de que era sim um jogo de estratégia e de habilidade no longo prazo. Depois disso comecei a consumir todo material possível na internet, dormia assistindo mesas finais de todos os tipos, assistindo às aulas gratuitas e buscando sempre aprender mais. Joguei torneios de 0,25 cents e sit and go single table por meses depois do trabalho e da faculdade, buscando sempre melhorar como jogador. Depois de algum tempo consegui entrar para um time micro de MTTs brasileiro (Cardroom) e fiquei lá por uns 6 meses. Jogava praticamente todos os dias.
Consegui alguns resultados nos micro stakes e depois entrei para a Polarize Poker. Time português, que tem como Head Coachs o RuiNF e o Zagazaur. Além deles, aprendi muito com Fernando “Squeezamos” Ferreira e com Luis Dono, entre outros. Lá aprendi o que é ser profissional de poker de verdade e melhorei meu jogo em 500%. Dentro da Polarize fui subindo os stakes gradativamente e lá fiquei por quase 3 anos, estudando e jogando poker quase todos dias. Deixei a Polarize há cerca de 2 ou 3 meses, depois disso busquei me desafiar jogando cash games, vinha tendo bons resultados no cash , tanto que acabei “foldando” quase todos os SCOOPS antes do Main Event. Resolvi dar um shot e aqui estamos.
MP: Você enfrentou uma mesa final muito qualificada e ganhou do Michael Gathy no heads-up com muita autoridade, um cara que é tricampeão da WSOP. Como foi jogar um HU contra ele e com uma diferença de prêmio tão grande?
JH: A virada foi interessante, eu propus o deal pro meu adversário, ele disse que aceitaria se eu pagasse o “edge” que ele teria sobre mim, eu ri e resolvi jogar. Eu entendo um pouco o lado dele, ele já é um jogador conhecido e eu um random, mas eu venho há anos me preparando não ia deixar ser fácil pra ele. Fiz meu melhor e também tive sorte, e acabei virando o HU e vencendo o torneio. Quanto à diferença de payjumps, procurei não focar muito nisso e mais em tomar boas decisões apesar de sentir uma adrenalina bem grande no momento.
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MP: Você conquistou a vaga por satélite ou decidiu dar o buy-in direto?
JH: Dei buy-in direto, não jogo satélites por não estudar satélites, acho que no longo prazo acaba por ser –EV do que dar buy-in direto. Porém, vendi 20% pra um amigo bem próximo, e agora ele está muito feliz ainda mais agora que tem um filho bem pequeno.
MP: Como que foi a repercussão do título com sua família e seus amigos mais próximos?
JH: Pessoal ficou muito feliz e me parabenizaram, fico feliz por dar algum orgulho aos meus amigos e familiares.
MP: Esse título do Main Event Medium o Brasil só tinha conquistado uma vez, em 2013, com o Nicolau Villa-Lobos. Esse marco na história do poker brasileiro e mundial é algo que te deixa contente ou mal liga pra isso?
JH: Eu fico feliz por levar o nome do nosso país ao topo do pódio, afinal, o sentimento é de um atleta que venceu um grande campeonato. Porém, o trabalho ainda não acabou e espero alcançar muito mais nas mesas.
MP: O que você projeta para o futuro após o prêmio recebido?
JH: Nós estamos em um momento muito difícil no nosso país, existem muitas pessoas precisando de ajuda, vou ajudar dentro do possível da forma mais inteligente que conseguir. Isso é uma promessa que fiz a mim mesmo antes de começar a mesa final. Além disso, pretendo investir e comprar uma casa para mim e minha família, já que moramos de aluguel e também, continuar meu trabalho, sempre buscando melhorar e plantar boas sementes.
O paranaense cravou o nome na história do poker mundial
WSOP
Pablo Menezes classifica para o Dia 2 do Mystery Millions no Dia 1E; brasileiros entram na faixa de prêmios
O profissional avançou com um stack de 13 big blinds para a sequência

O gigantesco Mystery Millions da WSOP de 2025 fechou os números após cinco classificatórios. O Dia 1E fez os salões do Horseshoe e do Paris serem tomados por jogadores com 8.118 inscrições. Assim, o número total ficou em 19.654 entradas. O último classificatório fez mais um jogador do país avançar: Pablo Menezes.
Pablo ensacou um stack com 520.000 fichas, o equivalente a 13 big blinds para a continuação do tão concorrido torneio. Classificar após 22 níveis de jogo se mostrou uma tarefa complicadíssima nos cinco classificatórios. Além de Pablo, o Brasil terá apenas mais três jogadores concorrendo ao bounty de US$ 1.000.000.
Pedro Bromfman (740.000) e Vitor Dzivielevski (580.000) classificaram no Dia 1B. Adauto Viana conseguiu a classificação no Dia 1D, mas tem apenas 125.000 fichas, três big blinds. O Brasil teve dezenas de competidores no Dia 1E e alguns deles alcançaram a faixa de premiação.
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Foram eles: Anthony Barranqueiros (1.009º), Felipe Mojave (1.053º), Raphael Nogueira (1.066º), “Mottabr” (1.183º) e Ademar Moraes (1.193º). Todos eles conseguiram a primeira faixa de prêmios de US$ 1.318.
O Dia 2 retoma logo mais às 11 horas de Las Vegas (15h do Brasil) com os blinds em 20.000 / 40.000. Ao longo dos cinco classificatórios, 1.045 jogadores avançaram e estão com o sonho vivo da glória neste torneio. Todos já garantiram US$ 2.060 e o grande campeão vai levar US$ 1.000.000. Os bounties misteriosos serão divulgados no reinício do evento.
Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:
WSOP
Semifinal do Heads-Up da WSOP terá jogaço entre Patrick Leonard contra Artur Martirosian; confira
Outra semifinal da chave terá confronto entre jogadores sem bracelete

O Heads-Up Championship da WSOP, torneio no formato mata-mata com buy-in de US$ 25.000, conheceu os quatro semifinalistas do certame. Dois deles são jogadores extremamente conhecidos pelo público e referências na atualidade: o inglês Patrick Leonard e o russo Artur Martirosian.
A chave colocou os dois europeus frente a frente no duelo valendo uma vaga para a grande final. O outro confronto da semifinal será entre dois jogadores que não possuem bracelete da série: o experiente Aliaksei Boika, nome forte do poker online, e o americano David Chen.
O sábado (31) foi de rodada dupla das oitavas e quartas de final. Leonard derrotou Martin Zamani e Mike Shi. Inclusive, o britânico elogiou o segundo adversário após republicar uma postagem do Mundo Poker no Instagram sobre o confronto. Ele escreveu: “esse moleque é muito, muito bom”.
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Martirosian venceu dois confrontos pesados. Primeiro, tirou Kavin Rabichow – para muitos um dos melhores jogadores de heads-up do mundo – e depois um duelo longo contra Chance Kornuth, onde ou a maior parte do tempo atrás no chip count. Boika tirou Brandon Brown e Harvey Castro, enquanto Chen venceu Richard Green e uma verdadeira batalha contra o francês Thomas Eychenne.
Eychenne, Kornuth, Shi e Castro entraram na faixa de premiação e garantiram o prêmio de US$ 86.000. Os perdedores da semifinal vão levar US$ 180.000. O campeão vai faturar a bagatela de US$ 500.000 e o bracelete da série. O vice-campeão terá como consolo uma forra de US$ 350.000. As semis e as finais ocorrem neste domingo (01) às 16 horas do horário de Brasília.

Artur Martirosian
Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:
WSOP
Marcelo Costa alcança a faixa de premiação e termina o Evento #8 na 60ª colocação
Brasileiro viu metade do field ser eliminado no Dia 2 do torneio antes de cair

Ainda não chegou o primeiro Dia Final para o Brasil na WSOP, mas os motores estão começando a aquecer. Depois da reta final de Wagner Wysotchanski no Evento #5, agora foi a vez do especialista em mixed games Marcelo Costa, o Marceleza, afunilar em um torneio da grade. O dele aconteceu no Evento #8.
O torneio da vez era o US$ 1.500 Dealer’s Choice, uma das variantes mais complexas do poker. O torneio abrange 21 modalidades e cada jogador da mesa tem o direito de escolher o jogo que será disputado por uma órbita.
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Único brasileiro classificado para o Dia 2, costa enfrentou um field de 597 entradas. O torneio recomeçou com 124 jogadores e Marcelo não teve muitas dificuldades para assegurar a premiação mínima. Em menos de duas horas, a bolha estourou com 90 jogadores. Ele finalizou na 60ª colocação e levou US$ 3.015.
Marcelo perdeu duas mãos importantes na modalidade Badeucey e ficou distante da média de fichas do torneio. Ele lutou, mas acabou sucumbindo justamente uma posição antes de um pay jump – pequeno, é verdade – para US$ 3.065.
Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:
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